Alimentação

Estima-se que cerca de 5% dos diagnósticos de câncer estejam relacionados a indivíduos com hábitos alimentares ruins. Além disso, a alimentação está diretamente associada ao controle do peso.
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Alimentação e obesidade

Sabe-se que a obesidade e o sobrepeso são o segundo principal fator de risco para o desenvolvimento do câncer devido a mecanismos como estado inflamatório crônico, produção de hormônios, resistência à insulina e produção de substâncias carcinogênicas.

Por outro lado, a alimentação é o principal fator que influencia o peso corporal. Assim, a qualidade e quantidade dos alimentos ingeridos, juntamente com a prática de atividades físicas, a qualidade do sono e ainda fatores genéticos, determinam que o indivíduo tenha um peso saudável ou não.

Logo, a atenção com a alimentação deve fazer parte dos cuidados gerais para a manutenção de um peso saudável e para a diminuição do risco de câncer.

Nutrientes causadores e protetores do câncer

Existem estudos em laboratório em células cancerosas e em modelos animais que mostram que certos nutrientes isoladamente podem ser carcinógenos (causadores de câncer) ou ter um efeito anticâncer (protetores contra o câncer).

Mas a maioria dos estudos em populações humanas, com algumas exceções, ainda não conseguiram mostrar definitivamente que qualquer componente dietético cause ou proteja contra o câncer.

Alguns estudos epidemiológicos que comparam pessoas com e sem câncer conseguem encontrar diferenças no hábito alimentar entre elas. No entanto, esses resultados apenas mostram que certos componentes alimentares estão associados a uma alteração no risco de câncer, mas não que os componentes alimentares sejam a causa direta da alteração no risco de câncer.

Por exemplo, os indivíduos participantes desses estudos epidemiológicos podem diferir entre si por outros modos além de suas dietas (por exemplo: tabagismo, obesidade etc.), e é possível que esses outros fatores sejam os verdadeiros responsáveis por alterar o risco de câncer. Por isso, esses estudos apenas geram uma hipótese.

Os estudos do tipo ensaio clínico randomizado são o próximo passo para testar uma hipótese gerada pelos estudos observacionais. Para isso, os voluntários são separados em grupos com características semelhantes, exceto pelo fato de ingerirem maior ou menor quantidade de um nutriente. Acompanhados ao longo do tempo, é possível saber se um nutriente é fator causal ou protetor do câncer.

No entanto, geralmente esses estudos de melhor qualidade não são realizados por motivos éticos para não exporem os indivíduos a componentes nutricionais supostamente causadores de câncer.
De qualquer forma, alguns exemplos conhecidos de itens nutricionais associados ao câncer são:

Carcinógenos a humanos Prováveis carcinógenos a humanos
Álcool Acrilamida
Carne processada Carne vermelha
Aflatoxina Bebidas muito quentes

 

Dr. Rodrigo de Assis Moraes

Médico Oncologista Clínico

CRM-SP 124.668 | RQE 44.725

 

Última atualização: 06/04/2022

 

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Dr. Rodrigo de Assis Moraes
Oncologista Clínico em
Campinas - SP

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Médico Oncologista Clínico em Campinas - SP com a missão diária de ajudar as pessoas no enfrentamento do câncer e contribuir para a promoção da saúde e do bem estar.

Graduação e residência médica pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP, com estágio na Mayo Clinic nos EUA e título de especialista pela Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica e Associação Médica Brasileira.

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